Vítor Hugo Alvarenga e Pedro Jorge da Cunha acompanharam a final portuguesa da Liga Europa, na Rep. da Irlanda. O futebol, a Rainha, Obama, as pints, os U2, tudo reunido para memória futura.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Dublin: emigrantes lusos à espera da final
«Portugal já saiu a ganhar». É este o sentimento dos emigrantes lusos na República da Irlanda. O orgulho tomou conta daqueles que abandonaram o seu país para procurar a felicidade. Muitos deles estarão na Arena de Dublin para o F.C. Porto-Sp. Braga.
«A final vai coincidir com a visita da Rainha de Inglaterra, algo muito especial, que está a desviar um pouco as atenções da final. De qualquer forma, estou com pensamento positivo e acredito que o estádio acabará por ficar perto da lotação máxima», diz o embaixador Duarte Ramalho Ortigão, da Embaixada de Portugal em Dublin.
O representante português fala de uma cidade à espera de F.C. Porto e Sp. Braga. «É um motivo de orgulho para os portugueses da Irlanda ter cá esta final. Pelos nossos últimos números são 2.700 no país», explica, acrescentando: «Dublin é uma cidade simpática, com um centro pequeno e acolhedor, bem como bastantes jardins. O estádio, uma obra fantástica, também é perto, portanto espero ver muitos portugueses pelas ruas nos próximos dias.»
«Fui convidado pela UEFA a assistir ao jogo no estádio e, seja qual for o vencedor, Portugal sairá sempre a ganhar», remata Duarte Ramalho Ortigão, em declarações ao Maisfutebol.
«Se fossem duas alemãs, era igual»
Nuno das Neves, vice-presidente da Associação Portuguesa da Irlanda, tem uma visão mais pessimista. «Como se já não houvesse confusão que chegue para a final, a visita da Raínha está a motivar fortes medidas de segurança. Infelizmente, penso que a final vai passar um pouco ao lado. Mas não é por serem duas equipas portuguesas. Se fossem duas alemãs, seria igual.
«Eles gostam é de equipas inglesas, sobretudo, ou então do Celtic da Escócia, pelas questões que se sabem. Se fosse uma dessas equipas, o estádio estaria certamente cheio. Assim, não sei como vai ser», explica, em conversa com o Maisfutebol.
O emigrante português explica a sua decisão de rumar à República da Irlanda: «Vivo na Irlanda há cinco anos e meio. Saí de Portugal em 2001 mas ainda vivi em Madrid. Trabalho na área da informática. Moro em Galway, a capital cultural da Irlanda. Não há o stress das grandes cidades. Pensava ficar uns anos a juntar dinheiro e depois ir embora, mas a verdade é que fomos ficando e cá estamos.»
Na recta final da conversa, um conselho. Se vai a Dublin, evite provocar os locais. «O que não convém fazer com os irlandeses? Confundi-los com os ingleses. É a mesma coisa que dizer aos portugueses que eles são espanhóis. Evitem isso», remata Nuno das Neves.
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