sexta-feira, 20 de maio de 2011

O desafio de Villas-Boas: «Eternizar Dublin»

Foi em Agosto, precisamente há nove meses, que André Villas-Boas se propôs publicamente a vencer a Liga Europa. A missão está quase cumprida. Para o técnico, a equipa limitou-se a fazer a sua obrigação: «chegar o mais longe possível». Agora, tão perto do jogo de todas as decisões, assume estar «esperançado», mas recusa todo e qualquer tipo de favoritismo. Ainda assim, quer eternizar Dublin na história portista.

«Acreditamos na nossa competência. O Sp. Braga é um desafio aliciante. Deixou para trás equipas de grande reputação. É decisivo entrar com ambição e com o desejo de vitória. Vamos estar ao nosso máximo nível e confiantes», sublinhou treinador do F.C. Porto na conferência de imprensa de antevisão à final da Europa League.

Mourinho, Hulk e um jornalista atrapalhado

«O favoritismo não interessa a ninguém. Estamos a falar de duas equipas com organizações diferentes e identidade forte. O Braga vem de um conjunto de vitórias alucinantes. É um clube em crescendo. O plantel e o próprio Domingos têm qualidade extrema. Não me interessa nada ser favorito.»

A receita para o jogo não será diferente da aplicada ao longo de toda a época. André Villas-Boas não abdica, por um minuto que seja, da identidade que defende. Do lado do Sp. Braga, diz o técnico, também não haverá surpresas de monta. Por um motivo simples. «Foram estas identidades que nos trouxeram à final. Estamos confiantes na nossa organização.»

Esta é a segunda vez que Villas-Boas visita a Rep. Irlanda. A primeira teve lugar há uns anos, quando ainda trabalhava no Chelsea e veio observar a selecção irlandesa. «Está a ser uma grande experiência. Espero que Dublin fique na nossa memória por longos anos.»

Nada melhor do que esta frase para lançar o encontro.

«Isto não é one man show»

A curiosidade dos jornalistas estrangeiros sobre Villas-Boas é enorme. A uma questão em que se atreviam a sugerir mérito individual do técnico, este resistia de forma estóica.

«O trabalho do treinador depende da qualidade da estrutura e dos jogadores. Foram eles que nos fizeram alcançar um registo incrível na Liga. Isto não é um one man show», defendeu mais do que uma vez o treinador do F.C. Porto.

«Não sou um ditador»

Naturalmente, a presença de duas equipas portuguesas também causa estranheza. Villas-Boas deu a sua explicação para este sucesso sem paralelo no nosso futebol. «Isto reflecte a nossa qualidade. Há imenso talento no país. Produzimos jogadores com muita técnica e criatividade. Já em 2003 e 2004 o José Mourinho aproveitou essas características. Agora sou eu e o Domingos. Se calhar não falam muito do nosso campeonato, mas falam dos nossos jogadores porque se trabalha bem nos clubes portugueses.»

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